Campo Grande (MS) – A sexta-feira (19) foi de visita na Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul. Uma turma com 40 acadêmicos de Educação Física das Faculdades Magsul de Ponta Porã esteve na Fundesporte para conhecer o trabalho da fundação e expandir os horizontes de possibilidades de trabalho na área.
Antes de conhecer as instalações e os setores, os estudantes se reuniram no auditório para uma conversa com o diretor-presidente da Fundesporte professor Marcelo Miranda que contou um pouco de sua história na Educação Física. “Eu fui atleta e entrei na faculdade com o objetivo de ser técnico de handebol . Fui durante um tempo. Depois abrimos uma academia e também passei a integrar o Conselho Regional de Educação Física. Em 2015, tive a oportunidade de me tornar gestor aqui na Fundesporte. O campo para o profissional de Educação Física é amplo, há muitas opções de trabalho. Ficamos muito felizes em receber vocês e poder mostrar um pouco do que fazemos”, disse.
O diretor-executivo da Fundesporte, professor Silvio Lobo Filho também se lembrou dos tempos de faculdade e da luta pela valorização da profissão, disse inclusive que antes da divisão do Estado precisou escrever uma carta para o governador pedindo a volta de aulas práticas nas escolas. Depois falou um pouco sobre o papel da fundação. “A Fundesporte é a responsável pela política pública para o esporte em nosso Estado, por fomentar o esporte e o lazer em Mato Grosso do Sul. Para que as coisas aconteçam é necessária a soma de esforços de quem tem a ideia, os recursos e a forma correta de firmar essas parcerias”, explicou.
Depois, servidores da fundação discorreram sobre o trabalho nos principais setores: Laura de Queiroz sobre a Gerência Geral de Desenvolvimento de Atividades Esportivas; e Renato Saliba e Rubens Arguelho sobre a Unidade de Esporte de Participação e Lazer. Em seguida, o gerente-geral de Planejamento de Atividades Esportivas , professor Luiz Antônio Stopa contou os trâmites para se conseguir o apoio da Fundesporte. “Todos os projetos e pedidos de parceria passam pela Geplan, mas para serem aprovados eles precisam estar de acordo com a lei. Nossos técnicos trabalham para orientar e fiscalizar o cumprimento dos requisitos”, disse o professor que também compartilhou experiências da época de faculdade e foi o responsável por ciceronear o grupo na visita às instalações.
Os acadêmicos gostaram do passeio e expandiram os horizontes com uma nova possibilidade de trabalho. “Foi muito bom. Uma experiência nova para nós que estamos começando o curso de Educação Física”, disse Kauany Fernandes. “Vai somar no nosso currículo. Nós moramos no interior do Estado e é muito importante conhecer uma fundação que nos representa”, completou Paola Alexandra.
O que mais chamou a atenção dos futuros profissionais da Educação Física foi a oportunidade de realizar projetos de esporte e lazer com apoio da fundação. “Foi muito bacana. Algo que vou levar para a vida e possivelmente uma carreira que devo seguir também. Quero abrir um projeto e foi muito bom para tirar dúvidas”, disse a acadêmica Valéria Camargo. A colega Tatiana Silva vê a mesma oportunidade. “Contribuiu muito com a disciplina de projeto de pesquisa porque a gente está criando para implantar dentro da escola. Abriu um campo que a gente não conhecia. Quero trabalhar com esporte adaptado e sei que com apoio posso implantar um projeto na periferia de Ponta Porã”.
A visita faz parte do projeto Escola Viva, Aula Passeio e Visita Técnica, como explicou o professor João Antônio da Silva. “Nosso objetivo é levar o aluno a conhecer o que acontece além dos muros da faculdade. Eles têm conhecimento teórico e agora podem ver o que acontece na prática, ver como funciona a estrutura da Fundesporte que atua na gestão esportiva. Valeu muito a pena porque nós somos do interior. A gente ouve falar, sabe que tem, mas não consegue enxergar. Tenho certeza de que eles saem daqui com um entusiasmo maior, motivação para continuar e ver que a profissão não se limita às paredes da sala e às linhas da quadra”.
O encontro foi considerado positivo também pela equipe da Fundesporte que aguarda outras turmas. “Ficamos muito felizes em receber os acadêmicos. Foi muito bom poder mostrar para a próxima geração o que fazemos aqui na Fundesporte. Esperamos que as outras universidades também façam isso porque é bastante importante que eles entendam como acontece o gerenciamento do sistema de esporte em nosso Estado, o que muitas vezes não é levado ao acadêmico. Estamos à disposição”, finalizou o professor Stopa.