“Desenvolvendo campeões”. Com esse slogan, a mais tradicional competição estudantil de base do país terá novo formato em 2021. Após 15 anos de sucesso na organização dos Jogos Escolares da Juventude, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) realizará, a partir do ano que vem, os Jogos da Juventude, com avanços no modelo do evento. Voltada para atletas até 17 anos (sub-18), a competição será realizada em Aracaju (SE), em novembro de 2021, reunindo aproximadamente 4.000 jovens de todo o país.
“Os Jogos da Juventude seguem como um dos principais projetos do COB para o desenvolvimento do esporte de base no país. Realizamos um grande estudo para chegar ao novo formato, que contribuirá ainda mais para a detecção de talentos para o esporte brasileiro. Agora vamos nos concentrar nessa faixa-etária até 17 anos, que é a porta de entrada para o alto rendimento. Organizaremos um grande evento com a qualidade e excelência de sempre”, afirmou Paulo Wanderley, presidente do COB.
O anúncio da sede do novo evento foi realizado nesta quarta-feira, dia 18, no Palácio Governador Augusto Franco, em Aracaju, com a presença do Governador de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD), e do presidente do COB, Paulo Wanderley, que estava acompanhado do gerente executivo de Desenvolvimento Esportivo do COB, Kenji Saito. Também participaram da cerimônia, a Superintendente Especial de Esporte do Sergipe, Mariana Dantas, o Secretário de Estado do Turismo de Sergipe, José Sales Neto, e o Secretário de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura, Josué Modesto dos Passos Subrinho.
Uma das principais mudanças no formato da competição a partir de 2021 é o protagonismo dos estados para definirem suas seleções nas modalidades coletivas. Isto é, a seleção estadual poderá ser composta por atletas representantes de várias instituições de ensino públicas e/ou privadas. Até o ano passado, as equipes eram formadas por alunos de uma única escola. Para disputar os Jogos da Juventude, o aluno tem que estar vinculado a uma instituição de ensino.
“A partir dessas mudanças, o COB concentrará ainda mais a atenção na categoria Sub-18, potencializando a descoberta e encaminhamento dos talentos identificados no evento. Desta forma, o COB alinha os Jogos da Juventude com todo o sistema olímpico, dando ênfase na transição do atleta jovem para o alto rendimento, sem perder a perspectiva de contribuir para a formação integral dos jovens brasileiros, utilizando o esporte como plataforma de inclusão e desenvolvimento social. Portanto, o COB segue empenhado no desenvolvimento de um projeto de grande valor para sua missão de representar com excelência o esporte brasileiro de alto rendimento”, afirmou Kenji Saito.
Os Jogos da Juventude ampliarão ainda mais as ações de fortalecimento de pilares como cidadania e sustentabilidade, conciliando a formação esportiva, individual e cidadã dos jovens atletas com o incentivo às práticas sustentáveis. O Centro de Convivência, ponto de encontro dos participantes do evento, está mantido com ainda mais atividades socioeducativas e culturais.
Em 2021, serão ampliadas ações já consolidadas, como os programas de embaixadores e de observadores técnicos. Também continuarão sendo oferecidos cursos de capacitação para treinadores, o Guia de Pais e Educadores apoiando o Jogo Limpo, além do Centro de Avaliação e Monitoramento, criado em 2019 para identificar o perfil físico e motor dos jovens atletas participantes dos Jogos, em um projeto piloto para a construção longitudinal do perfil do atleta olímpico.
Em parceria com as Confederações Brasileiras Olímpicas, o COB está construindo o “caminho do atleta” de destaque nos Jogos, com oportunidades em diferentes ações, com o objetivo concreto de continuidade no seu processo de desenvolvimento. “Nossa intenção é tornar as competições tecnicamente mais fortes. As confederações terão um papel ainda mais importante no processo de observação e seleção dos melhores atletas, direcionando-os para ações e processos de seleção específicos em cada modalidade”, observou Saito, explicando que o regulamento do evento será publicado até o final do ano. “Ainda temos algumas definições importantes que vamos divulgar mais à frente, quando o regulamento estiver fechado”, disse Kenji.
Para o secretário nacional de Esportes de Alto Rendimento, da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Bruno Souza, a participação em seleções estaduais é um passo importante na formação de um atleta de alto rendimento. “A minha escola nunca foi campeã dos Jogos Escolares. Então, se eu não tivesse sido chamado para a seleção estadual, eu nunca teria disputado a competição. É um golaço passar para o modelo de seleções nas modalidades coletivas. Os Jogos da Juventude são o primeiro degrau para o alto rendimento”, disse Bruno, ex-atleta da seleção brasileira de handebol. “Há um alinhamento estratégico entre a Secretaria Especial do Esporte e o COB para realizar um grande trabalho em conjunto”, completou Bruno Souza.
Grandes nomes do esporte brasileiro passaram pelos antigos Jogos Escolares da Juventude, como a campeã olímpica Sarah Menezes e a campeã mundial Mayra Aguiar, ambas do judô, Hugo Calderano (tênis de mesa), Raulzinho (basquete), Ana Claudia Lemos (atletismo), Etiene Medeiros e Leonardo de Deus (natação), que integraram o Time Brasil nos Jogos Olímpicos Rio 2016.
Assessoria de Comunicação do Comitê Olímpico do Brasil (COB)