A Unidade Pedagógica e de Formação (UPF) da Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte) realizou, no último final de semana, de 6 a 8 de dezembro, o curso “Parabadminton e badminton: da teoria à prática” em Ladário. As aulas foram ministradas pelos professores Fernando José Quadros da Rosa e Rosalba Orávia Daude Santomo. A capacitação reuniu profissionais, acadêmicos de educação física e demais interessados em obter conhecimentos intrínsecos à modalidade.
Especificamente sobre o badminton, foi abordada a história do esporte; leis (regras); técnicas e fundamentos; iniciação escolar; demonstrações práticas e como a modalidade é desenvolvida nas escolas do Estado por meio do Programa Escolar de Formação e Desenvolvimento Esportivo de Mato Grosso do Sul.
Já o módulo referente ao parabadminton teve como ênfase o histórico da modalidade estruturada para pessoas com deficiências físicas; as características; equipamentos oficiais; quadra e rede; e as principais conquistas.
O professor de educação física e técnico desportivo da Gerência-Geral de Desenvolvimento de Atividades Desportivas (Gedel) da Fundesporte, Fernando Quadros, explica que a finalidade do curso foi capacitar os professores desde a base, dando os primeiros passos para fundamentos, técnicas e regras. A capacitação foi dividida em 50% de conteúdo teórico, com aulas na Câmara Municipal e 50% de prático, com exibições no Ginásio Poliesportivo São Miguel.
“Nós tivemos a ideia de levar o badminton àqueles que não conhecem e os que sabem pouco sobre esse esporte. A maioria já ouviu falar, mas não tinha ideia de como se aplicar os fundamentos em quadra”, afirma Quadros. No total, 55 pessoas participaram das aulas.
O curso de badminton no município pantaneiro chega em um momento de ascensão da modalidade pelo país e mundo. A primeira participação brasileira nos Jogos Olímpicos de Verão foi em 2016, no Rio de Janeiro, quando sediou a competição internacional. Ygor Coelho foi o representante tupiniquim, o mesmo que foi campeão nos Jogos Pan-Americanos 2019, de Lima, no Peru. O torneio intercontinental na capital peruana também marcou a estreia do parabadminton. A modalidade voltada a pessoas com deficiência também será disputada pela primeira vez nos Jogos Paralímpicos de Verão de 2020, em Tóquio, no Japão.
Em Mato Grosso do Sul, o badminton é disseminado em âmbito escolar, por meio do Programa Escolar de Formação e Desenvolvimento Esportivo. Hoje, a Fundesporte desenvolve 18 projetos em oito municípios sul-mato-grossenses. “O badminton é uma modalidade alternativa, que busca os alunos que não se adaptam em outros esportes. Ele é uma opção para aqueles que preferem um esporte individual”, pontua Quadros.
Invenção
Durante apresentação teórica, Quadros deu dicas de como construir equipamentos de treinos com materiais alternativos, reutilizáveis. Na ocasião, o professor demonstrou um rebatedor de birdie (espécie de peteca), que aprimora os fundamentos de defesa, reflexo e saque.
“Dá para recuperar peças estragadas e transformar em utilidade no esporte. O rebatedor foi uma invenção nossa, da Fundesporte, que buscou fazer um aparelho para melhorar as técnicas ofensivas e defensivas do esporte. Levamos esse rebatedor nos cursos e mostramos que é possível criar equipamentos para melhorar a qualidade técnica dos alunos”, explica Quadros.
O curso teve carga horária de 15 horas. Aos alunos com frequência superior a 75% serão disponibilizados certificados para emissão no portal da Fundação Escola de Governo de Mato Grosso do Sul (Escolagov).
O evento foi realizado pelo Governo do Estado via Fundesporte/UPF e Conselho Regional de Educação Física da 11ª Região (Cref11/MS), com apoio da Prefeitura Municipal de Ladário.
Lucas Castro – Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte)
Fotos: Fundesporte