A tecnologia e o desempenho esportivo na Olimpíada de Tóquio-2020
Por Fabiane Macedo*
O texto intitulado “A tecnologia e o desempenho esportivo na Olimpíada de Tóquio-2020” objetiva dissertar sobre o quanto as análises advindas de ferramentas tecnológicas/digitais colaboram para o desempenho esportivo dos atletas. A combinação harmônica entre atletas, treinadores, fisiologistas, nutricionistas, psicólogos e outros profissionais do/para o esporte com as ferramentas tecnológicas/digitais proporcionam uma revolução para as análises e tomadas de decisões no ambiente do esporte de alto rendimento.
Na Olimpíada de Tóquio observa-se o quanto de possibilidades de compreensão o uso da tecnologia/digital oferece a favor dos atletas. A inclusão das ferramentas, recursos e estratégias nos Jogos Olímpicos comungam com o aumento de pesquisas e de investimento que buscam indicadores que conectam variáveis das capacidades físicas e das habilidades motoras para as mais diferentes modalidades esportivas.
O rendimento ou desempenho esportivo dos atletas estão relacionados à identidade de padrões biomecânicos, anatômicos e fisiológicos que, atualmente, precisam ser considerados por meio de instrumentos tecnológicos/digitais. Sabe-se que o contexto do esporte de rendimento é complexo, desafiador, exigente e para pessoas que possuem características da filogenia para os ditos talentos esportivos, ou seja, com características acima dos demais.
Cada vez mais o desenvolvimento de novos métodos utiliza-se de acessórios tecnológicos/digitais para implementar as rotinas do treinamento e competições esportivas. O alinhamento da utilização destes recursos com o estudo, pesquisa e análises multiprofissional de pessoas envolvidas com o esporte resultam na obtenção de informações que favoreçam o desempenho, como tal: mudança de calçados, roupas, alimentos e técnicas/padrões motores esportivos. A sabedoria na utilização destes recursos, ferramentas e/ou implementos tecnológicos/digitais está sendo aprimorada a favor da performance humana.
A possibilidade de cruzamento de informações, dados, indicadores e variáveis dependentes e independentes para a reprodução estatísticas e análises multifatoriais singulares e/ou coletivas no ambiente esportivo oferecem mais e melhores condições de desempenho aos atletas. Com essas ferramentas, considera-se a maior precisão para os encaminhamentos do treinamento e competições esportivas, aumentando, consequentemente, as necessidades de empresas produzirem materiais, fomentos e apoio à pesquisa, à inovação e à distribuição orçamentária de recursos advindos de políticas públicas para o esporte de rendimento.
Considera-se, assim, que a tecnologia e o desempenho esportivo na Olimpíada de Tóquio-2020 estão em harmonia, aprimorando as oportunidades de visibilidade do espetáculo do alto rendimento esportivo. Acredita-se que as transformações destas novas ferramentas tecnológicas/digitais, tais quais indicam velocidade, impulso, força, aceleração, desaceleração, frequência cardíaca, padrões de movimentos, impactos, consumo de energia, gastos calóricos, atrito, fluidos, resistência e tantas outras variáveis do desempenho humano integram de forma única as tecnologias de informações e comunicação (TICs) a benefício do humano, que cabe em cada atleta dos Jogos.
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* Fabiane de Oliveira Macedo é graduada em Educação Física e especialista em Motricidade Humana pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS); mestre em Ciência do Movimento Humano pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e doutora em Educação pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Atualmente, é assessora especial da presidência da Fundesporte.