Governança de excelência para todos
Por Fabiane Macedo*
O texto “Governança de excelência para todos” traz reflexões sobre o quão o estado de Mato Grosso do Sul é um celeiro de talentos esportivos, e como os programas e projetos, advindos de políticas públicas da Fundação de Desporto e Lazer (Fundesporte), norteiam práticas voltadas ao desempenho de atletas do paradesporto.
As políticas públicas para o esporte em MS investem, realizam e concebem aos atletas do paradesporto e seus treinadores, motivos favorecedores à pratica da atividade física, a participação em competições e, principalmente, a inserção social em ações esportivas vinculadas à educação, à saúde e ao meio ambiente.
A Fundesporte, comprometida com os elementos das políticas públicas do/para esporte paralímpico, desenvolve uma série de ações, tais como os programas Bolsa Técnico e Bolsa Atleta, que expandem os direitos à cidadania dos atletas paralímpicos. Deliberar a favor do paradesporto é sistematizar como e para quem faz a diferença no esporte sul-mato-grossense, ou seja, é deliberar aos sujeitos que historicamente não estavam sendo percebidos como potencialidade esportiva e humana.
As diretrizes de ações da Politica Nacional de Esporte (Brasil, 2005), tais como: a universalização do acesso, promoção social, educacional e da saúde dos atletas tendo como consequência o desenvolvimento humano dos indivíduos, bem como a gestão democrática descentralizada que percorre o desenvolvimento econômico, sustentável e inovador, permeiam as decisões dos gestores de Mato Grosso do Sul responsáveis por legitimar o esporte paralímpico nos mais diferentes contextos.
Reconhece-se que a participação de pessoas com corpos diferentes, os (de)eficientes, em qualquer atividade esportiva, têm o aumento a qualidade de vida, as capacidades físicas, a interação e competência social, a autoestima e a confiança. De tal forma, subsidiam o aumento de possibilidades, interesses e conquistas para os atletas do paradesporto.
O acesso ao paradesporto é facilitado em Mato Grosso do Sul com as intervenções da Fundesporte, que acredita que as pessoas são capazes de executar com performance, eficiência biomecânica e fisiológica de seus corpos diferentes, a representatividade do estado nos Jogos Paralímpicos.
Mato Grosso do Sul está na Paralimpíada de Tóquio-2020 porque sul-mato-grossenses com corpos diferentes para a alta performance esportiva tiveram oportunidades de acessibilidade ao esporte. Fato traz para além da representatividade na participação, na competitividade, na vitória e no ganho de medalhas olímpicas, traz a integralidade das políticas públicas de uma governança de excelência para todos.
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* Fabiane de Oliveira Macedo é graduada em Educação Física e especialista em Motricidade Humana pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS); mestre em Ciência do Movimento Humano pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e doutora em Educação pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Atualmente, é assessora especial da presidência da Fundesporte.