Campo Grande (MS) – As Paralimpíadas Escolares de Mato Grosso do Sul (Paraesc-MS/16) irão reunir 135 pessoas, sendo 88 atletas e 47 técnicos e outros membros do staff. Os competidores, com idade entre 12 e 17 anos, dos municípios de Campo Grande, Dourados, Paranhos e Três Lagoas estarão na Capital para entre os dias 29 de julho e 1º de agosto definirem os representantes de Mato Grosso do Sul na etapa nacional.
As disputas no atletismo serão no dia 30 no complexo esportivo da Vila Nasser. Na bocha e no tênis de mesa, dia 31, no Hotel Chácara do Lago. A classificação funcional dos atletas será feita na véspera das competições.
De acordo com o diretor-geral das Paraesc-MS/16, o número de participantes é o esperado para o evento que terá seletiva em três modalides. “Temos bons trabalhos desenvolvidos em todo Estado, mas a maioria se concentra nos clubes. O forte das entidades é na categoria adulto. A prática do paradesporto nas escolas é menor devido à dificuldade dos professores em reunirem os atletas e terem os equipamentos adequados para a prática”, explicou o professor Levy Britto Coutinho.
A diretora técnica completa afirmando que levar o estudante a praticar o esporte é o mais complicado. “É difícil encontrar o atleta. Precisamos procurá-los porque muitas vezes eles não sabem que existe uma atividade que eles podem praticar ou não sabem onde encontrá-la. Poucas escolas oferecem paradesporto. O trabalho é feito diretamente pelos professores. Então sempre que vemos um aluno com potencial para ser paratleta incentivamos e procuramos encaminhá-lo para algum professor que possa treiná-lo”, disse a professora Belquice Falcão Flores.
Apesar dos entraves, Mato Grosso do Sul é um dos Estados que mais trabalha e que tem melhores resultados no paradesporto. Na disputa nacional costuma ficar entre os primeiros, com a maioria dos atletas trazendo medalhas. O desempenho é ainda mais louvável quando comparado com Estados com população bem maior. No ano passado, na etapa nacional, realizada em Natal, a delegação chefiada pela Fundesporte, terminou em sexto na classificação geral. Foi melhor por equipes na bocha e vice no judô, além de ter ficado com o ouro no futebol de 7. Ainda conquistou dezenas de medalhas e quebrou recordes no atletismo.
Além da bocha, do tênis de mesa e do atletismo, o Estado também participa da etapa nacional no futebol de 7, no judô e na natação. O objetivo da Fundesporte é incentivar a prática das outras modalidades disputadas: goalball, tênis em cadeira de rodas, futebol de 5 e voleibol sentado e com isso aumentar a participação.
“Estamos investindo mais no paradesporto. Temos demanda e necessidade de atividades para formar e estimular os paratletas. Temos profissionais com boa vontade e bons trabalhos em todo Estado. Então queremos dar melhores condições e incentivar novos projetos. No primeiro semestre realizamos importantes clínicas para capacitar professores a ensinarem e implantarem atletismo, goalball e voleibol sentado nas cidades. Ainda faremos muitas outras ações”, disse o diretor-presidente da Fundesporte Marcelo Miranda.
Aline Morais