Campo Grande (MS) – O Parque das Nações Indígenas, cartão-postal de Campo Grande, será reaberto ao público nesta quinta-feira (08.10) pelo Governo do Estado, das 6h às 21h, dentro de procedimentos rigorosos de biossegurança devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). As obras de revitalização do espaço foram concluídas, contudo o processo de enchimento do lago principal é lento, em razão dos efeitos da prolongada estiagem, e deverá ser concluído em 10 dias.
A reabertura do parque obedece aos protocolos sanitários de segurança, elaborado em parceria entre o Estado e o Serviço Social da Indústria (Sesi-MS), conforme Portaria do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), que será publicada na edição desta quinta-feira (08.10) no Diário Oficial do Estado (DOE-MS). Assinada pelo diretor-presidente do órgão, André Borges Araújo, a portaria proíbe, por 30 dias, o uso de espaços coletivos, como banheiros, quadras de esporte, pista de skate, parques infantis, bebedouros e decks.
“Nesse período de vigência da Portaria, vamos avaliar a dinâmica operacional e funcional do parque, em razão da pandemia, para que possamos readequar os procedimentos de segurança e liberar alguns equipamentos de uso coletivo”, explica Araújo. O Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, e as demais Unidades de Conservação Estaduais já estavam oficialmente fechados para visitação e uso público desde o dia 20 de março.
Monitoramento
O diretor-presidente do Imasul destacou que estão liberadas as atividades físicas na modalidade de caminhada, corrida e bicicleta, além de passeios para observação de pássaros e animais, obedecendo o distanciamento de pelo menos 1,5 metro entre as pessoas, além do uso obrigatório de máscaras. Não serão permitidos, ainda, lanches coletivos ou outra atividade em grupo, como eventos, assim como celebração de aniversário e outros, e montagens de tendas.
Os protocolos de biossegurança foram elaborados com base em estudos realizados pelo Sesi, dentro das normas vigentes e considerando o suporte de uso restrito do parque, que, antes da interdição, recebia duas mil pessoas por dia, de segunda a sexta-feira, e cinco mil pessoas diariamente nos fins de semana. As obras finalizadas incluem placas de sinalização e haverá monitoramento durante visitação a cargo do Imasul, Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte), Polícia Militar e Polícia Militar Ambiental.
Uma equipe formada por profissionais de Educação Física da Fundesporte estará no local para repassar orientações de segurança à saúde aos que forem se exercitar. “É um espaço importante à prática de atividade física da população campo-grandense e a função da Fundesporte é proporcionar isso de forma segura. Seguindo rigidamente protocolos sanitários, é possível permitir o exercício ao ar livre, imprescindível ao fortalecimento do sistema imunológico e melhora na síntese de vitamina D”, enfatiza o diretor-presidente da Fundesporte, Marcelo Ferreira Miranda.
Obras essenciais
A segunda etapa das intervenções no Parque das Nações Indígenas, coordenadas pela Semagro (secretaria estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), em andamento, é o processo de enchimento do reservatório (lago principal), que tem uma área de cinco hectares de espelho d’água. Inicialmente, a água das nascentes será absorvida pelo solo seco, até ser saturado e atingir o nível das comportas.
“Às vezes as pessoas questionam ao verem o lago seco, circulando pela Afonso Pena, mas essas obras eram essenciais, principalmente porque é o que embeleza o Parque das Nações Indígenas”, afirma o governador Reinaldo Azambuja, ao explicar a importância das intervenções no lago principal, com a recomposição da estrutura em gabião, para evitar desprendimento de pedras que dão sustentação a barragem do espelho de água.
A revitalização do parque incluiu a contenção das cabeceiras de duas pontes, restauração da escultura do Cavaleiro Guaicurus, feita pelo próprio autor, o artista sul-mato-grossense Anor Mendes, e a recuperação dos decks em madeira do lago. O deck de contemplação do monumento foi substituído por outro de 14 metros, desde a margem do lago e, ao aproximar-se da ilha em que está o Cavaleiro Guaicurus, abre-se em “Y”, ampliando a visão do visitante.
Sílvio de Andrade – Subsecretaria de Comunicação do Governo de MS
Fotos: Edemir Rodrigues/Subcom Governo MS