Dois atletas de Mato Grosso do Sul destacaram-se no Campeonato Brasileiro Interclubes-Copa Brasil de Wrestling Sênior 2019 e trouxeram três medalhas para casa, sendo uma de ouro, uma de prata e uma de bronze. A competição aconteceu de 5 a 8 de dezembro no ginásio do Palácio dos Esportes, em Natal-RN.
De acordo com a Confederação Brasileira de Wrestling (CBW), foram realizadas 315 lutas nos três estilos olímpicos da modalidade (greco-romano, livre e feminino), nas categorias etárias júnior e sênior. Pela primeira vez na história, o wrestling nacional contou com um torneio no qual os atletas representaram clubes.
Amanda Lima Leal foi campeã no wrestling feminino, na classe júnior até 57 quilogramas. A sul-mato-grossense ainda ficou com o segundo lugar na categoria etária sênior, até 59 quilogramas. Já Gabriel Mota levou o bronze no estilo livre, pela categoria júnior até 65 kg.
Ambos os atletas são treinados pelo sensei Agnaldo Pereira dos Santos, contemplado pelo Programa Bolsa-Técnico, oferecido pelo Governo do Estado, por meio da Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte).
Amanda e Gabriel treinam na RA Academia Fitness e Combat, de Campo Grande. Na classificação por equipes no wrestling feminino, categoria júnior, a agremiação campo-grandense fechou a competição nacional na quinta posição, com 25 pontos.
A modalidade
O wrestling, também conhecido como luta olímpica, é uma arte marcial em que os participantes utilizam técnicas de agarramento, arremessos e derrubadas, pinos e outros golpes. A competição física é uma das mais antigas que se tem registro. Embora não haja confirmação de uma data precisa, acredita-se que a modalidade começou a ser praticada no período Micênico da Grécia Antiga.
As lutas têm três modalidades (greco-romano, livre masculino e luta feminina), divididas em 10 categorias de peso cada, mas apenas sete são olímpicas em cada estilo. O estilo greco-romano difere do livre por um aspecto simples. No primeiro, só se pode utilizar os braços e o tronco, enquanto no segundo o uso das pernas também é permitido. No entanto, em ambos o objetivo é imobilizar o adversário de costas para o chão. Golpes baixos e traumáticos (socos e chutes), finalizações (chaves e estrangulamentos), dedo nos olhos e puxões de cabelo não são permitidos.
Os combates são divididos em dois rounds de três minutos cada. Caso nenhum dos atletas consiga imobilizar seu adversário, o embate é decidido por pontos, que variam de acordo com os golpes e punições aplicados.
Lucas Castro – Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte)
Fotos: Divulgação